A Sala Bebé, no mitico Batalha, está de volta!
E regressou um bocadinho mais verde do que o habitual (o brilho da cor das cadeiras - verdes, muito verdes - fere, mesmo quando se apagam as luzes... mas gostei).
O Cineclube do Porto também se esforça; o público é que já nem por isso.
Assim, apenas 5 pessoas se deslocaram à sala renascida para assistir, no passado Domingo, ao mundo de loucura de Raul Ruiz. "Aquele dia" não é só, como o portfolio transmitia, um "convite ao deslumbramento", uma "fábula política" ou "um filme policial".
Toda a película é uma dança de loucos: em plena Suiça imaginária, absorvida por constantes exercícios militares, um velho empresário arruinado e a contas com demasiados problemas financeiros, tenta salvar a pele planeando matar a sua própria filha, para assim beneficiar de uma herança da qual esta era a única e universal beneficiária.
Uma especial vénia ao assassino contratado para o efeito, o Sr. Pointpoirot - depois da chacina, há que pentear bem o cabelo...
E que saudades de ver um filme e ouvir a máquina de projecção a trabalhar!
Mas, convenhamos, a 4 euros o bilhete e com a (quase) ausência de publicidade ao ciclo de cinema, não me admira que, daqui a uns tempos, a sala volte a fechar.
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