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Escrito por… Scott Weiland

Foi uma figura incontornável do show-biz americano de meados da década de 90. Encarnou, com afinco, a personagem desvairada, típica do universo Rock n´Roll, com passagens demoradas pela alienação em substâncias químicas, que quase lhe valeram a vida e que lhe implicaram, já na fase de pseudo-recuperação, castigos demasiado severos, como sejam aulas de disciplina e auto-controle oriental e assunção das vocalizações dos Velvet Revolver. É que bem pior que acordar em ressaca é… acordar em ressaca, ao lado de Duff Mckagan.
Mas enquanto as pilhas duraram, Scott Weiland foi fazendo pela vida. Davam os muchachos pelo nome de Stone Temple Pilots e apanharam, na altura financeiramente certa, o comboio apinhado de flanela e guitarras proveniente de Seattle, ainda que se sediassem em S. Diego, no sul da Califórnia.
Andava eu por estes dias a arrumar baús repletos de poeira e deparei-me com o segundo longa-duração dos Stone Temple Pilots, o Purple, de 1994. Voltei a ouvi-lo e recordei uma “deixa” escrita por Scott, das mais intrigantes que alguma vez se fizeram sentir em bandas rock. É claro que aqui não se pedem, nem se esperam, grandes poetas; desde que as palavras encaixem nos riff´s, a coisa vai seguindo e disfarçando. Mas de vez em quando, lá sai um brilharete.
Não sei se será o caso: estaria Scott em dia sim, ou, por outro lado, aquilo que lhe saiu foi a coisa mais abjecta alguma vez escrita numa suposta musica de embalar? O ponto cruz encontra-se no refrão de Still Remains, onde, a páginas tantas, Scott canta-nos aos ouvidos:

"Pick a song and sing a yellow nectarine
Take a bath, i’ll drink the water that you leave"
...
Desculpe, podia repetir faz favor?

"... if you should die before me ask if you can bring a friend/ Pick a flower, hold your breath and drift away".
A short trip through memory lane, Sombra?!!
Acho que, tendo em atenção que a música fala de um amor doentio (e bastante químico, parece-me!!), o refrão está muito bem esgalhado.
Visto de fora... hmm... é porco, pronto.

A primeira parte da música, até ao refrão, é toda ela... estranha, diria. Depende, efectivamente, do ponto de vista.

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