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Peças de Roupa : : Rui Ribeiro

Condensar momentos musicais em apenas três escolhas é, reconheço, tarefa demasiado complicada. E injusta, sobretudo para quem convive diariamente com música. Mas aqui pelo “peças”, o que se pede é mesmo isso: momentos. Desta feita, é com enorme prazer que partilho no Lenta as escolhas de Rui Ribeiro, o autor de Som Activo um dos melhores sítios na net sobre música.
1 - Christiane F (Soundtrack) - David Bowie (1982)
Quando vi pela primeira vez o filme Christiane F, ainda Trainspotting estava longe de ser rodado. A dureza do filme, a simplicidade e realidade das imagens, marcaram-me. Vi-o, era muito novo. E não conhecia David Bowie… Mas aquele entrar no corredor do Shopping para roubar umas moedas, e subir ao terraço do edifício ao som de "Heroes", foram o começo desta paixão… Desde então foi o procurar o antes, e seguir o depois.
2 - Toward the Within - Dead can dance (1994)
Este álbum ao vivo, mais do que uma compilação dos melhores temas dos Dead Can Dance, é a possibilidade de dar vida aquelas canções que me "incomodavam". Aqui, e sem apetrechos, a sublime arte de composição, interpretação, e vocalização dos Dead Can Dance está ao rubro. A genialidade é ainda maior se virmos o vídeo do concerto. Arrepiante no mínimo, a capacidade de visualização daqueles sons, a combinação da presença celestial de Lisa Gerrard com o contrabalanço de Brendan Perry, ali, mesmo ao lado. E todas aquelas percussões ainda hoje me entoam nos tímpanos, desde o mais simples sininho de Lisa, aos brutais exorcismos do percussionista animalesco que estava lá ao fundo…
3 - The Downward Spiral - Nine Inch Nails (1994)

Quando ouvi pela primeira vez este disco, qualquer coisa estranha se apoderou de mim. Era aquela dureza das guitarras combinadas com o delicado aconchegante (aqui e ali), das máquinas como em "Closer", tema maior para mim deste disco que, sem dúvida alguma, é o melhor dos Nine Inch Nails. Mas nele há "March Of The Pigs", e a sua violência entranhada, vibrante, contagiante que apela à dança… Um disco de emoções, sensações, que a cada escuta pede novas sacudidelas no corpo… e que tem "Piggy", e o no seu ritmo desconstrutivo da bateria, um fascínio que ainda hoje me deixa deslumbrado…

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E mesmo mais de dez anos depois, com os gritos de um Coliseu em delírio, "Closer" teve uma força que só está ao alcance daquelas músicas que nos atingem no nosso âmago...

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