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Em Digressão: Marc Ribot


Experimentem ouvir um álbum de Tom Waits sem a companhia de Marc Ribot e notarão uma diferença enorme. Ribot tem esse condão: a forma como percorre escalas no braço da sua guitarra é inconfundível e o som que dali inventa identifica-se a milhas de distância. Não fosse também por ele, e temas como Underground ou, mais recentemente, Hoist that rag, perderiam parte da sua piada.

Inegavelmente, essa é uma qualidade e imagem de marca, pela personalidade vincada e cunho pessoal; mas é também verdade que, acompanhando o mago Tom Waits, Ribot acaba por se auto-plagiar demasiadas vezes.

A solo, a conversa é outra: Ribot reinventa-se. E desdobra-se no jazz, por Cuba, em experimentalismos e bandas sonoras para filmes. É este Ribot que se espera na Casa da Música, dia 9 de Novembro, onde vem apresentar o seu projecto Spiritual Unity, em homenagem a Albert Ayler, figura incontornável do free jazz há muito desaparecida. Os bilhetes custam 10 €.

O Ribot é um génio. A «guitarra cubista», como diz o próprio Tom Waits.
Pode não ser ele o guitarrista do Underground (que também pensava que era!), mas ouvindo-se, a título de exemplo, o Raindogs ou o Frank's Wild Years, percebe-se logo que ele está numa categoria à parte.

Pois, eu também jurava a pés juntos que as guitarras no Underground eram dele. Suponho que sejam primos... Ou então - o que também é uma hipótese muito credível - Tom Waits confere liberdade aos músicos que o acompanham, mas as linhas de guitarra passam também por ele.

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  • sombra
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