terça-feira, janeiro 30, 2007

As três primeiras músicas

Paulo Pimenta tem já um currículo invejável no mundo do fotojornalismo, sendo sobejamente reconhecido o seu enorme talento para captar imagens, em especial no que diz respeito à música e suas manifestações em palco.
Na loja da Fnac na Rua de Santa Catarina, no Porto, está em exposição uma selecção dos seus arquivos de fotos tiradas em concertos, intitulada “As Três Primeiras Músicas”, alusão à regra imposta aos fotógrafos de apenas captarem imagens nos primeiros minutos em cena, enquanto o glamour ainda está devidamente composto.
Passam por ali alguns dos melhores momentos musicais que tivemos a oportunidade de assistir por cá nos últimos anos. Destaque para a incrível pose de Iggy Pop e para as obras de arte em que se tornaram as fotos a Billy Corgan e Peter Murphy.
A exposição estará em cena até ao próximo dia 15 de Março. Entretanto, estes e outros momentos de inspiração do Paulo podem também ser visionados por aqui.

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domingo, janeiro 28, 2007

Under Byen


A Dinamarca fica longe, sobretudo dos nossos ouvidos; excepção feita a áreas mais específicas como a música de dança, eventualmente o jazz e o metal, as notícias escandinavas sobre a pop e o rock revelam-se réplicas do que se vai fazendo no universo anglo-saxónico. O exemplo sueco define, pois, a regra. E será devido à distância que, após doze anos de existência, os Under Byen permanecem ainda meros desconhecidos. Uma pena…
À primeira audição é possível identificar a pesada influência de Bjork:apesar de não usar o inglês para se expressar, a forma de cantar de Henriette Sennevaldt é uma "quase-réplica" do trejeito da diva islandesa, quer ao nível da dicção, quer na métrica.
Eclético é como se define o mundo dos Under Byen; polvilhado de múltiplos sons e instrumentos - violinos, metais, acordeão, guitarras, violoncelos, baixos e contra-baixos e sobretudo piano e batidas sintéticas – os sete músicos dinamarqueses navegam por ambientes soturnos e melancólicos, numa mescla sombria de jazz, trip-hop e electrónica, que apesar de minimalista revela-se repleta de uma intensidade dramática fascinante. Em 2006 lançaram o álbum Samme stof som stof, que pode ser escutado na íntegra no sítio da Paper Bag Records.
Para compensar o atraso no acesso à sua música, a banda disponibiliza alguns temas dos seus vários trabalhos, dos quais vos deixo três preciosidades:

Hjertebarn

Plantage

Af samme stof som stof

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sábado, janeiro 27, 2007

Sonoro em Movimento


Ok, provavelmente já devem ter tido oportunidade de ver este vídeo dos noruegueses Hurra Torpedo, uma versão curiosa do clássico “Total Eclipse of the Heart”, de Jim Steinman. Mas não resisti à tentação…
Os Hurra torpedo são de Oslo e produzem sons recorrendo a vários objectos e utensílios domésticos, nomeadamente móveis de cozinha e quejandos.
Nesta portentosa actuação, eu sublinhava a exímia concentração do senhor do lado direito, o que se ocupa do fogão…

Hurra Torpedo - Total Eclipse of the Heart

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quinta-feira, janeiro 25, 2007

Fantasporto


Ainda se aguentou depois da tormenta que varreu, e continua a varrer, o Porto.
Vai para o ar no sítio do costume (pelo menos, este ano...), entre 19 de Fevereiro e 4 de Março.
E vale bem a pena.

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terça-feira, janeiro 23, 2007

Sonoro em Movimento




Para quem já esgotou o stock de piropos, aqui fica a proposta para uma última e desesperante tentativa...

Kings Of Convenience - I'D Rather Dance With You (Riot on a empty street - 2004)

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terça-feira, janeiro 16, 2007

The Good, The Bad and The Queen


Regresso em forma do demo Albarn com um novo passatempo, ajudado pela experiência de Tony Allen e pelas estrelas Paul Simonon, dos Clash, e Simon Tong, dos Verve.
The Good, The Bad and the Queen, sigla estranha se interpretada como degraus hierárquicos para uma adjectivação – há os bons, há os maus, e depois vem a rainha…
  • Myspace (presenteados com o album de estreia na íntegra!)

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sábado, janeiro 13, 2007

Hilotrons


Não só porque nos últimos tempos os holofotes têm encharcado o Canadá de pixels, principalmente por culpa dos Arcade Fire, mas essencialmente porque a surpresa é agradável. Os Hilotrons estarão a meio caminho entre as estrelas de Montreal e uns Hot Hot Heat; estacionam em Ontário e têm na bagagem um curioso Bella Simone, álbum editado no ano de 2006.

Saltem até ao endereço no My Space e experimentem o tema Lights Off: é impossível não ficar bem disposto.
  • MySpace (4 temas disponíveis para download)

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quarta-feira, janeiro 10, 2007

Em Digressão: !!!

Começa a desenhar-se o cartaz por terras lusas para 2007 e as novidades são boas. Que o diga quem os viu em dose dupla por Paredes de Coura: os !!! (chk chk chk) vão parar no Teatro Sá da Bandeira, no Porto, a 4 de Abril próximo e no dia seguinte em Lisboa, no CCB. Na mala trazem o enorme Louden Up Now e o novíssimo Myth Thakes, com edição agendada para 4 de Março.
Por curiosidade, vejam aqui o que os elementos dos !!! poderiam escolher num hipotético peças de roupa.

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sábado, janeiro 06, 2007

Será desta?


O povo anda ansioso... e vai-se entretendo por aqui

A sair do forno: Old Jerusalem


O mês de Fevereiro foi a altura escolhida para a edição do terceiro longa duração de Old Jerusalem, como já tinhamos aqui anunciado aquando da conversa com Francisco Silva.

No sítio da Bor Land, Pedro Mexia deixa-nos um belíssimo texto sobre aquilo que constará em The Temple Bell, garantindo que o rumo seguido pelo músico portuense não irá ser alterado, mas antes apurado. Aqui fica o alinhamento:
1 – Her Scarf
2 – Dayspring (go to sleep now)
3 – Ruler of my heart
4 – Grasshoppers
5 - Boxes
6 – Luna calendar
7 – Arts center
8 – Summer of some odd year
9 – Love & cows
10 – Time time time
11 – Twice the humbling sun

Alguns destes temas foram já apresentados ao vivo, mas para quem ainda não teve oportunidade de os escutar (mas onde é que vocês andaram?!) e enquanto o álbum não chega às prateleiras, saltem até aqui e ouçam o líndissimo Grasshoppers.

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Sonoro em Movimento



Menção honrosa de 2006 para o mix curioso entre a voz cavernosa do mestre Lanegan e a ternura sensual de Isobel. Coincidência ou não, Ballad of The Broken Seas vê a luz do dia ao som de aplausos, quando muitos assobiam (sem grandes motivos, digo eu) um menos requintado The Life Pursuit...

Isobel Campbell & Mark Lanegan - Ramblin Man (Ballad of The Broken Seas, 2006)

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quinta-feira, janeiro 04, 2007

A sair do forno: Klaxons


Há muito que a indústria britânica nos vem habituando a estes descobrimentos de novas maravilhas musicais. Não quer isto dizer que tais fenómenos sejam necessariamente maus; na área do pop/rock até tem existido algum equilíbrio, apesar do carácter cíclico e do empenho, cada vez mais plástico, com que os media os vão alimentando.

Fazendo uma breve resenha dos últimos 3/4 anos, deram-nos em períodos mais ou menos intervalados, os Franz Ferdinand, os Kaiser Chiefs ou os Kasabian. E o processo seguido tem sido invariavelmente o mesmo, sinal de que a fórmula implica sucesso: previamente à edição de estreia, vários textos aparecem estrategicamente escritos e publicados, dão-se uns bitatites nas rádios, fazem-se capas de revistas e o boca-a-boca resolve o resto. O caso dos Kaiser até teve momentos hilariantes, com descrições prévias de Employment a rebentarem por todo o lado e a completo despropósito, nomeadamente em publicações não dedicadas à música, descrevendo-o como a última maravilha do rock moderno.

Tenho quase a certeza que o mesmo se está a passar com os Klaxons. E até apostaria que, terminado o hype, os jovens londrinos se vão espalhar por completo. É um “feeling”…

Porém, e como já deixei aqui expresso, a nova “next big thing” entusiasma. Mesmo. Passo a explicar: A verborreia musical não tem limites, como é já do conhecimento público. Vai daí, e apanhando a onda de revivalismos musicais que muito têm entupido as colunas dos aparelhos de som, a “bíblia” NME espetou aos Klaxons o epíteto de “New Rave”. Outros foram mais arrojados e após apurada meditação, desencantaram um catita “acid-rave sci-fi punk-funk”.

À parte a genialidade da nomenclatura, convenhamos que a primeira imagem disparada pelos Klaxons é, precisamente, a de uns novos EMF ou de uns Jesus Jones. É impossível fugir às cores berrantes, quer dos vídeos, quer da figura, quer mesmo da música electrónica e dançável, construída sobretudo em cima de malhas sintéticas de teclados.

Mas é verdade que também pisam terrenos semeados por uns Primal Scream, o que só pode ser um bom indicador. E até agora tem dado resultado: cada single editado é, de facto, um convite irrecusável à dança. Já não àquele desesperante rock ritmado, roubado aos inícios de 80 e cravado de plágios a Joy Division e quejandos; agora, puxa-se pela memória de outras paragens. Continua a cheirar a Factory, mas desta feita à verdadeira Madchester. E os tipos são mesmo viciantes.

O problema é que a fórmula tende a esgotar-se rapidamente e daí as minhas reticências quanto à longevidade do projecto. Para já, e sem gastar o stock de foguetes, vamos ver como correm as coisas com a edição do primeiro álbum, MYTHS OF THE NEAR FUTURE, marcada para 29 de Janeiro.

Última nota: antes que a moda esmoreça, alguém podia lembrar-se de os trazer este ano a Portugal. A avaliar pelos inúmeros vídeos que circulam na net, os Klaxons em palco são qualquer coisa. From Atlantis… To interzone!!!

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quarta-feira, janeiro 03, 2007

A sair do forno: Clap Your Hands Say Yeah


Com edição europeia marcada para 29 deste mês, os Clap Your Hands Say Yeah regressam ao activo com o segundo álbum intitulado SOME LOUD THUNDER. E na senda do percurso de estreia, que acabou por se tornar proficuamente lucrativa, os norte-americanos vão disponibilizar a novidade para download, no respectivo site e já no próximo dia 16. O alinhamento será composto pelos seguintes trechos:

1. Some Loud Thunder
2. Emily Jean Stock
3. Mama, Won't You Keep Them Castles in the Air and Burning?
4. Love Song No.7
5. Satan Said Dance
6. Upon Encountering the Crippled Elephant
7. Goodbye to Mother and the Cove
8. Arm and Hammer
9. Yankee Go Home
10. Underwater (You and Me)
11. Five Easy Pieces

Para quem tem bichos carpinteiros, pode ir escutando os três temas que se encontram oficialmente na net, que confirmam a linha e postura Talking Heads e a aposta em melodias simples, de tão simples que até parece que já as ouvimos algures... e a pop perfeita consegue ser dos objectos mais difíceis de construír: não ao alcance de todos, ainda que em meia dúzia de frases. E que bem que soam estes senhores!

As novidades podiam era ser bem mais agradáveis: é que os Clap vão passear pela Europa durante todo o mês de Fevereiro e não houve nenhuma alma iluminada que os tenha conseguido trazer cá. Resta-nos esperar pelas esmolas dos festivais de verão… Aqui ficam as músicas que os próprios Clap autorizam, expressamente, a serem postadas:

Underwater (You and Me)

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segunda-feira, janeiro 01, 2007

2006 cá por casa

9 de eleição, sem ordem de preferência:

Sonic Youth - Rather Ripped
Thom Yorke - The Eraser
Final Fantasy - He poos clouds
Nuno Prata - Todos os dias fossem estes/outros
The Legendary Tiger Man - Masquerade
Dead Combo - Vol.II Quando a alma não é pequena
Cat Power - The Greatest
La La La Ressonance - Palisade
Clap Your Hands Say Yeah - Clap Your Hands Say Yeah (apesar de ter saído nos EUA em 2005)

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  • sombra
  • Porto, Portugal
  • sombra.lenta@gmail.com
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